Toda empresa enfrenta riscos que podem afetar suas operações e desempenho, que vão desde acidentes de trabalho até inadimplência e desastres naturais. Portanto, cabe ao gestor antecipar essas situações e preparar a equipe para elas.

Isso deve ser feito por meio da implementação de um plano de gerenciamento de riscos, sendo essencial para garantir que as atividades continuem sem interrupções.

Neste artigo, vamos explorar esse tema, mostrar sua importância e como atingir esse objetivo. Acompanhe!

O que é gerenciamento de riscos?

Gerenciamento de riscos é o nome dado a um conjunto de práticas empregadas pelas empresas para mitigar condições adversas que ameacem o pleno funcionamento dos seus negócios. Esse processo envolve etapas como identificação, análise e controle dessas adversidades.

Trata-se de um esforço importante, independentemente do porte ou ramo de atividade das instituições. Isso porque a ferramenta permite entender os possíveis riscos que podem afetar uma organização e usar essas informações para desenvolver estratégias para minimizá-los ou até mesmo eliminá-los.

Quais tipos de riscos uma empresa pode ter?

Identificar os riscos a que um negócio está sujeito é fundamental para desenvolver uma estratégia de resposta adequada. Veja, abaixo, as principais ameaças enfrentadas pelas empresas brasileiras:

  • Riscos financeiros: volatilidade de preços, inadimplência de clientes, falta de capital de giro;
  • Riscos operacionais: falhas em processos, interrupções na cadeia de suprimentos, erros na gestão e perdas no estoque;
  • Riscos de segurança: acidentes de trabalho e doenças ocupacionais;
  • Riscos de mercado: mudanças no comportamento dos consumidores, concorrência, instabilidades econômicas;
  • Riscos cibernéticos: falhas de cibersegurança, ataques de hackers, vazamento de dados;
  • Riscos de conformidade: descumprimento das leis, multas, embargos, processos judiciais;
  • Riscos de reputação: danos à imagem da empresa, escândalos, má conduta de líderes e funcionários;
  • Riscos estratégicos: decisões estratégicas mal feitas, falta de planejamento;
  • Riscos naturais: fenômenos meteorológicos indesejados, como inundações, incêndios e ventos fortes.
Diretora executiva avaliando os riscos da empresa para um correto gerenciamento

Quais são os processos de gerenciamento de riscos?

O gerenciamento de riscos envolve vários processos inter relacionados. Os quatro principais são os seguintes:

1. Identificação dos riscos

O primeiro passo no gerenciamento de riscos é identificar as ameaças que podem afetar os negócios. Para tanto, é necessário realizar pesquisas junto às lideranças das diversas áreas da empresa, visando reconhecer os pontos fracos nos processos que as integram.

Uma dica é centralizar as informações do levantamento em uma plataforma, como o Notion, para que todos os participantes possam acessá-las. Dessa forma, os líderes podem ficar a par dos riscos identificados em seus setores e lidar com eles da melhor forma.

A ferramenta permite a criação de documentos colaborativos em equipe, bem como a distribuição de tarefas entre os envolvidos em um projeto, tudo no ambiente online. Isso pode ser especialmente útil em empresas que trabalham no modelo home office.

2. Avaliação dos riscos e priorizações

Após a identificação dos riscos, é necessário avaliá-los e categorizá-los de acordo com seu potencial de danos à organização. Isso permite que os gerentes se concentrem nas ameaças mais graves.

Uma ferramenta útil que pode ser usada nessa etapa é a matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência), que atribui pontuações às atividades, destacando as mais críticas.

3. Tratamento de riscos

No terceiro momento, um plano de gerenciamento de riscos deve ser desenvolvido e implementado.

Nessa etapa, é importante documentar os procedimentos a serem adotados e armazená-los em local de fácil acesso. Dessa forma, a equipe saberá como proceder quando ocorrer uma ameaça.

As principais medidas para lidar com riscos são:

  • Prevenção: abster-se de atividades que possam prejudicar a organização, como fazer investimentos de alto risco e burlar leis tributárias;
  • Redução: diminuir o impacto de uma ameaça, e não eliminá-lo completamente, afinal nem sempre isso é possível;
  • Compartilhamento: compartilhar os riscos entre os membros da equipe, de modo que ele não recaia sobre uma única pessoa;
  • Transferência: transferir os riscos para uma terceira parte que se responsabilize por eles, como uma seguradora, por exemplo.
  • Aceitação: entender que é impossível zerar as ameaças em um empresa, isso é o chamado risco residual, que não pode ser extinto, apenas aceito.

Veja alguns exemplos de como o tratamento de riscos pode funcionar na prática:

Tipo de risco Risco Tipo de tratamento Tratamento
Risco de segurança Acidentes de trabalho Prevenção Fornecer EPIs, realizar treinamentos, ter uma correta sinalização na empresa, etc.
Risco financeiro Inadimplência de clientes Redução Diminuir o impacto da inadimplência ao negociar valores e dívidas em aberto
Risco natural Inundações, incêndios e ventos fortes Transferência Ter um seguro que cubra essas adversidades

Algumas empresas que possuem um nível elevado de gestão de riscos usam até mesmo mapas complexos, que dividem todas as situações possíveis em tipos de riscos e seus tratamentos apropriados.

4. Monitoramento e controle

É importante destacar que novos perigos podem surgir, evoluir ou mudar a qualquer momento, portanto, as ações de gerenciamento de riscos devem ser permanentes.

Assim, uma empresa deve monitorar continuamente todos os seus processos e setores, principalmente os mais críticos, a fim de identificar possíveis falhas e eliminá-las ou reduzi-las.

Empresário executando um plano de gerenciamento de riscos

Conclusão

O gerenciamento de riscos é fundamental para o sucesso de um negócio e, portanto, deve ser uma prioridade.

Como vimos, é uma ferramenta que ajuda a identificar antecipadamente possíveis problemas nas operações e setores de uma empresa e desenvolver um plano de ação adequado para mitigar tais ameaças. Isso antes de se tornarem um grande problema para a organização.

Por isso, vale lembrar as etapas dessa prática:

  1. Identificação dos riscos por meio de um levantamento detalhado das ameaças;
  2. Avaliação e priorização dos riscos com base na matriz GUT;
  3. Tratamento dos riscos através da implementação de medidas preventivas e corretivas;
  4. Monitoramento e controle contínuos para estar preparado e atualizado frente a novos desafios.

Também ajuda as organizações a cumprir as regras e regulamentos aplicáveis, como em saúde e segurança dos funcionários. Essa prática é chamada de compliance e tem um papel central na gestão de riscos de uma empresa.

Gostou deste artigo e deseja aprofundar seus conhecimentos em gerenciamento de riscos? Então leia também: Quais as principais diferenças entre auditoria interna e compliance?.

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