O SmartERP Protheus é uma evolução do Microsiga Protheus ERP, desta vez, disponibilizado como uma solução SaaS (Software as a Service), ou seja, é preciso apenas pagar pelo direito de uso, e não pela licença de implantação que geraria ainda mais custos com futuras manutenções e atualizações.
Nesse modelo SaaS, o SmartERP Protheus será atualizado pela própria TOTVS, de forma online e automatizada, e para utilizar o ERP será necessário apenas ter uma boa conexão de internet, sem ficar preso a computadores específicos, já que tudo será em nuvem.
Porém, mesmo que o objetivo dessa nova estrutura para o Protheus seja ser mais simples, barata e segura, ainda há pontos importantes de discussão que vamos abordar nesse artigo. Confira!
O que é SmartERP Protheus
O SmartERP Protheus é uma estrutura e novo modelo de implantação do Protheus, em que a TOTVS fica responsável pela guarda dos artefatos e atualizações de sistema, ficando mais próximo de um modelo SaaS.
Hoje, o cloud da TOTVS utiliza um modelo PaaS (Platform as a Service), em que o cliente contrata a plataforma, mas fica responsável por manter e cuidar da estrutura contratada.
Essa mudança para SaaS tem como objetivo proporcionar uma redução de custos com manutenção e atualização do Protheus, além de mais segurança pelas informações que ficam disponíveis na nuvem da TOTVS.
Características da nova estrutura
A nova estrutura possui grandes diferenças para o Microsiga Protheus ERP, que é mais conhecido hoje. Veja a seguir quais são elas.
Arquitetura multicamada na nuvem
O SmartERP Protheus tem arquitetura multicamada na nuvem, o que garante alta disponibilidade. Essa infraestrutura é de responsabilidade da TOTVS, e o usuário não precisará se preocupar com a manutenção de artefatos dentro do ambiente.
Por ser na nuvem, a nova estrutura também é mais acessível, já que pode ser usada em qualquer local, desde que se tenha internet.
Uso do GIT no SmartERP Protheus
Uma grande mudança é o uso do GIT como versionador de fontes obrigatório, isso muda bastante o processo de personalização, já que não é mais possível compilar direto no Protheus.
O novo processo de compilação é:
- Comitar o fonte no GIT (é preciso colocar o fonte lá, não só o patch);
- O SmartERP Protheus detecta e submete o fonte ao CodeAnalysis;
- É feita a compilação no ambiente escolhido.
Para ter garantia que o processo será feito com sucesso, o ideal é que o programador acompanhe o processo através dos logs no T-cloud.
Uma das vantagens é que não haverá mais riscos de perder os arquivos fonte. Por outro lado, uma desvantagem é que não é possível fazer a “compilação a quente”, ou seja, para compilar na produção é preciso que não tenha nenhum usuário logado no Protheus.
Smartclient Electron
O Smartclient Electron será o utilizado pela nova estrutura. É como se fosse um HTML, mas em arquivo executável .exe, o que garante uma conexão melhor com dispositivos do cliente, como leitores, impressoras fiscais, integração com Excel, entre outros.
Painel de Gestão do Ambiente no T-cloud
O Painel de Gestão do Ambiente, onde o usuário terá controle para acompanhar logs, promover RPO, entre outras atividades, será no T-cloud.
Repositório duplo — ou até triplo
Serão dois repositórios no SmartERP: um para funções padrão e outro para funções customizadas.
A TOTVS fez essa diferenciação para conseguir atualizar o repositório padrão de forma mais prática, no caso, ela irá substituir o RPO antigo pelo mais recente.
Para quem utiliza o RH da TOTVS, será um ambiente triplo:
- RPO padrão
- RPO customizado
- RPO do roteiro de cálculo da folha
Outro ponto é que o RPO customizado será o preferencial, ou seja, se houver alguma função igual no repositório padrão e no customizado, o fonte que está compilado no customizado é o que será usado.
Vantagens e desvantagens do SmartERP Protheus
O SmartERP Protheus possui vantagens e desvantagens se comparada a outras estruturas possíveis para o ERP. Confira algumas.
Vantagens:
- Estrutura em nuvem, que garante mais segurança de dados;
- Modelo SaaS, o cliente não precisa se preocupar em atualizar ou fazer manutenção da infraestrutura;
- Redução de custos com manutenções e atualizações do Protheus.
Desvantagens
- Não existe debug, ou seja, não há uma forma de debugar no SmartERP Protheus;
- Restrição de acesso ao banco de dados;
- Existem várias ações que não podem ser executadas sem interromper o ambiente de produção.
ConexãoNF-e integrado ao SmartERP Protheus
A ConexãoNF-e já está integrada ao SmartERP Protheus! Ou seja, se você utiliza essa nova estrutura, também poderá usar todos os recursos e benefícios do Importador de XML da ConexãoNF-e.
Se você ainda não conhece, a plataforma da ConexãoNF-e faz a gestão completa de documentos fiscais eletrônicos, desde a SEFAZ e mais de 5.000 prefeituras, até o lançamento no Protheus.
Assim, você não precisa se preocupar com processos manuais de consulta e digitação de NFe, NFSe e CTe, já que terá tudo disponível de forma automática, e com funções avançadas para a gestão dos documentos.
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Conclusão
O SmartERP Protheus é uma nova estrutura, no modelo SaaS, que é bem diferente do padrão já utilizado pela TOTVS, e possui uma série de vantagens e desvantagens. É preciso saber que, por enquanto, apenas novos clientes podem usar essa estrutura.
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Felipe Machado de Oliveira
Analista Protheus na ConexãoNF-e
Graduado em Análise de Sistemas de Computação pela Universidade do Estado de Santa Catarina, técnico em tecnologia da informação pelo SENAI, técnico em sistemas da informação pela Universidade Católica de Santa Catarina, e especialista no ERP Protheus. Escreve sobre integração de sistemas, ERP Protheus e segurança de dados.
