Margem de contribuição e ponto de equilíbrio são fatores determinantes para o sucesso de qualquer empresa, independentemente do ramo de atuação. É a partir da análise desses elementos que o gestor descobre o faturamento mínimo necessário à manutenção do negócio.

Tal sustentabilidade é o primeiro passo para, enfim, projetar o crescimento do empreendimento. Isso acontece porque esses dois conceitos também destacam o nível de relevância de cada produto ou serviço comercializado e, ao dominá-los, você pode melhorar significativamente a tomada de decisões.

Quer saber como a margem de contribuição relaciona-se com o ponto de equilíbrio e como calcular cada um desses indicadores? Continue a leitura!

O que são custos fixos e variáveis?

Os conceitos de custo fixo e variável estão diretamente relacionados à margem de contribuição e ao ponto de equilíbrio, portanto, é preciso conhecer bem sobre o assunto antes de aprofundar nas fórmulas de cálculo.

Custo fixo

O custo fixo é aquele que compõem a rotina de gastos da empresa — o que significa que ele sempre existirá, independentemente do lucro auferido pelo negócio. Tal valor também está ligado aos gastos apresentados pela operação da companhia. São exemplos de custo fixo:

  • Aluguel;
  • Energia elétrica;
  • Internet;
  • Salário de funcionários; entre outros.

Obviamente, o custo fixo pode diminuir conforme a adoção de determinadas políticas, como as voltadas à redução dos gastos com energia elétrica, por exemplo. Enquanto isso, o crescimento dessa tarifação pode elevar tal tipo de custo.

Custo variável

Por outro lado, o custo variável consiste em todo e qualquer gasto diretamente vinculado ao desempenho financeiro da corporação. A variação dessa modalidade é bem mais comum do que aquela que pode vir a acontecer com alguns dos custos fixos (energia elétrica, água etc.). São exemplos de custo variável:

  • Comissões;
  • Custos com logística;
  • Mão-de-obra;
  • Matéria-prima; entre outros.

Além disso, o custo variável está intimamente associado ao desempenho da companhia. Logo, ele é reduzido ou ampliado de acordo com a quantidade da produção ou o volume das vendas.

Qual é a diferença entre custo e despesa

Outro ponto importante é saber diferenciar o que é um custo, e o que é uma despesa. De forma resumida, custo é tudo aquilo que está diretamente relacionado com a atividade-fim do negócio, ou seja, são gastos necessários para que haja produção e venda. Já as despesas são gastos que não estão associados diretamente com a produção, mas sim com a manutenção do negócio (como despesas administrativas).

O que é margem de contribuição e qual a sua finalidade?

O que é margem de contribuição e qual a sua finalidade.

A margem de contribuição é o montante que sobra ao diminuir as despesas e custos variáveis sobre as vendas da empresa em determinado período. Este valor pode ser calculado por item ou pelo valor total dos produtos.

Vale lembrar que o preço final de uma mercadoria, que chega ao consumidor, deve superar o valor envolvido na produção. É por este motivo que o cálculo considera o valor das vendas e, então, subtrai os custos variáveis.

O aumento da margem de contribuição dos produtos é diretamente dependente do lucro proporcionado por esses mesmos itens. Assim, a amplificação dessa margem precisa, necessariamente, acompanhar o faturamento do negócio.

Como calcular a margem de contribuição?

Para calcular a margem de contribuição, é necessário, primeiramente, somar o CMV (custo de mercadorias vendidas) com o CV (custo variável). Em seguida, basta fazer uma subtração entre o PV (preço de venda) e a soma anterior.

Tudo isso é realizado mediante o uso da seguinte fórmula:

MC = PV – (CMV + CV)

Que também pode ser estruturada da seguinte forma:

Preço de venda (ou receita)
- (CMV + CV)
= Margem de contribuição

Ainda, é recomendável transformar o valor bruto da margem de contribuição em porcentagem (sobre o preço de venda ou receita), para conseguir realizar o cálculo do ponto de equilíbrio.

O que é e para que serve o ponto de equilíbrio?

O que é e para que serve o ponto de equilíbro.

Em contabilidade, o ponto de equilíbrio (PE) determina o momento no qual a empresa começará a lucrar. Trata-se da fase exata em que o negócio conseguiu igualar receitas e despesas, mas ainda não obteve lucro algum.

Saber quanto precisa faturar antes de lucrar é primordial para que a companhia elabore um planejamento estratégico alinhado ao ponto de equilíbrio do negócio. O lucro só virá depois que a margem de contribuição ultrapassar o ponto de equilíbrio. Resta, então, saber como fazer isso.

Vale lembrar que as empresas também devem reservar uma parcela do lucro para possíveis reinvestimentos. Em algumas situações (bem comuns), será igualmente necessário pagar juros atrelados a dívidas (geradas por empréstimos bancários, por exemplo).

Como calcular?

Para calcular o ponto de equilíbrio, a organização deve conhecer sua margem de contribuição. Vamos supor que um determinado negócio apresente uma margem de contribuição de 45%. Basta dividir o total de custos fixos por essa porcentagem.

O cálculo é, assim, efetuado pela fórmula:

PE = CF/MC

No exemplo, vamos considerar que os custos fixos ficaram em R$ 6 mil. Logo, o PE será de R$ 13,3 mil.

Qual é a relação entre margem de contribuição e ponto de equilíbrio?

Como é possível deduzir, a margem de contribuição mantém uma relação direta com o ponto de equilíbrio. Afinal, enquanto a primeira aponta a sobra de receita após a quitação dos custos fixos, o segundo indica o valor necessário para que a empresa comece a gerar alguma rentabilidade.

Como melhorar esses indicadores?

Para aumentar a margem de contribuição, é essencial estabelecer um planejamento que diminua os custos variáveis. Desse modo, a receita individual, produzida por cada mercadoria vendida, aumentará. Como consequência, o ponto de equilíbrio será reduzido.

Na prática, isso significa que o negócio levará bem menos tempo para iniciar um novo período de lucro. Portanto, ele se tornará muito mais rentável em um intervalo de tempo mais curto.

Qual é a principal limitação do ponto de equilíbrio?

Qual é a principal limitação do ponto de equilíbrio.

Assim como acontece com os demais indicadores, o ponto de equilíbrio apresenta certas limitações. Diante disso, cabe ao gestor conhecer tais debilidades e, assim, buscar por outros parâmetros de análise quando for preciso.

A principal limitação do ponto de equilíbrio é a exigência de produtos de mesma margem de contribuição, a qual deve ser única. O problema é que isso não acontece quando existem itens diferentes. Embora não impeça o uso do referido indicador, essa adversidade dificulta o processo.

Uma maneira de lidar com a situação consiste em utilizar somente as médias das mercadorias vendidas. Contudo, essa não é uma medida 100% eficiente.

Isso nos leva a concluir que o uso de diferentes indicadores deve ser uma preocupação constante durante a gestão de um negócio. Somente assim o gestor será capaz de determinar a adoção de métricas apropriadas àquela empresa.

Apenas como exemplos, vale a pena citar outros dois indicadores muito usados:

  • ROI — Retorno sobre Investimento;
  • CAC — Custo de Aquisição de Clientes.

Mas agora você já sabe por que dois indicadores importantes como margem de contribuição e ponto de equilíbrio caminham juntos. Ao perceber essa correlação entre a receita gerada pelos produtos da empresa e o início da geração de lucro, fica muito mais fácil administrar o negócio.

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