Existem algumas ferramentas que são indispensáveis para que a gestão de uma empresa seja feita de forma eficiente. Um item muito importante é o plano de contas contábil, que precisa ser personalizado para cada negócio, pois abrange todas as informações financeiras do empreendimento.

Essa ferramenta registra os movimentos financeiros de forma classificada e codificada para apresentar a origem e o uso de cada recurso à administração. Por isso, esse agrupamento de contas é necessário para que o gestor tenha uma visão ampla em relação aos ativos, aos passivos, às receitas e às despesas da organização.

E não considerar uma estrutura adequada para esse plano é um erro frequente entre as empresas. Pensando nisso, preparamos este artigo para ajudar você a montar um plano de contas contábil de modo eficiente. Confira!

O que é um plano de contas contábil?

No setor contábil, o plano de contas é uma relação de classificações e códigos utilizados para registrar as entradas e saídas financeiras de uma empresa. São as categorias inclusas nesse plano que servirão como estrutura para os relatórios contábeis, como o balanço patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Dessa forma, o plano não deve ser confundido com um relatório, mas serve de base para um.

Quais são as regras para que ele seja elaborado?

Para elaborar o plano de contas contábil corretamente, é preciso que a definição das contas esteja em concordância com os princípios fundamentais da contabilidade (entidade, continuidade, oportunidade, registro pelo valor original, competência e prudência) e siga o padrão determinado pela Lei n.º 6.404/76, conhecida como Lei das S/A, e também pela Lei n.º 11.638.

Essa legislação estipula uma série de regras que devem ser seguidas e um modelo de estrutura que inclui:

  • ativo (que pode ser dividido em circulante, não circulante, realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível);
  • passivo (dividido em circulante, não circulante e patrimônio líquido)
  • receitas;
  • despesas.

Contudo, não existe um modelo único. O formato do plano deve seguir as particularidades de cada organização.

Qual é a importância do plano de contas para a gestão da empresa?

Ter um controle financeiro eficiente é fundamental para a saúde da empresa, pois uma gestão mais direcionada garante a utilização adequada dos recursos e o gerenciamento correto das operações. Nesse sentido, essa é uma ferramenta muito importante, pois evita a ocorrência de erros de escrituração.

Além disso, a lista detalhada de grupos e contas direciona o trabalho dos profissionais de contabilidade e fornece, de forma organizada e hierárquica, os elementos que farão parte dos demonstrativos.

Como o plano de contas é dividido?

Não existe um único modo de estruturar um plano de contas contábil. Contudo, ele costuma seguir alguns padrões, como ser dividido em quatro grandes grupos: ativo, passivo, despesas e receitas. Cada um deles tem subdivisões, que vão variar de acordo com as particularidades da empresa.

Essas subdivisões seguem códigos que podem conter diversos numerais, de modo que cada um deles representa uma informação diferente, como podemos ver a seguir:

  • 1.º dígito: classe;
  • 2.º dígito: grupo;
  • 3.º dígito: subgrupo;
  • 4.º dígito: conta;
  • 5.º dígito: subconta.

Nem sempre haverá necessidade de dividir o grupo em tantos níveis. É importante que a codificação siga a necessidade de detalhamento da empresa. Para melhor compreender como funciona essa divisão, confira abaixo o que significa cada um desses grupos e veja alguns exemplos de possíveis subcategorias.

1. Ativo

O ativo da empresa representa os bens imóveis, ou seja, bens não palpáveis da empresa, além dos direitos das pessoas (físicas ou jurídicas). Representa também as contas ativas que fazem parte do patrimônio da instituição, como investimentos, créditos e empréstimos. Veja possíveis subdivisões desse item:

  • 1. Ativo;
  • 1.1. Circulante;
  • 1.1.1. Disponível;
  • 1.1.2. Aplicações Financeiras;
  • 1.1.3. Clientes;
  • 1.2. Não Circulante.

2. Passivo

O passivo simboliza as obrigações e compromissos financeiros de uma empresa, ou seja, os pagamentos, como ocorre com a contraprestação de alguns ativos de bens adquiridos. Dessa forma, todo ativo comprado gera um passivo (pagamento). Outros exemplos de contas passivas são as obrigações mensais e anuais. Algumas possíveis subdivisões desse item são:

  • 2. Passivo;
  • 2.1 Circulante;
  • 2.2 Não Circulante;
  • 2.3 Patrimônio Líquido.

3. Receitas

As receitas representam as entradas no caixa da empresa. Elas são, geralmente, os ganhos obtidos com a venda de produtos ou serviços, mas também podem surgir de outras fontes, como aluguéis, licenciamentos, entre outros. Veja um exemplo de como dividir essa categoria:

  • 3. Receita;
  • 3.1 Receita Bruta;
  • 3.2 Dedução de Receita Bruta de vendas e serviços;
  • 3.3 Receita Operacional;
  • 3.4 Receita de Participações Societárias;
  • 3.5 Outras Receitas ou Não operacional.

4. Despesas

As despesas são os pagamentos feitos a fornecedores e funcionários. Aqui também entram os gastos com a compra de novos equipamentos. Assim, elas representam a documentação dos passivos. As subdivisões podem seguir este exemplo:

  • 4. Despesas;
  • 4.1 Custos Operacionais;
  • 4.2 Despesas Operacionais;
  • 4.3 Outras Despesas ou Despesas Não Operacionais.

Como organizar um plano de contas?

Agora que você sabe a importância do plano de contas contábil para a gestão financeira da empresa e como ele deve ser dividido, vale seguir alguns passos para facilitar sua organização e elaboração. Confira!

1. Organize os documentos da empresa

O controle das informações financeiras é fundamental no processo de criação do plano contábil. Como existem dados que precisam ser registrados diariamente, é recomendável usar sistemas automatizados, que facilitam registrar cada movimentação. Com o registro de todas as transações em mãos, fica mais fácil começar a elaboração do plano de contas.

2. Separe os grupos

Crie a segmentação dos grandes grupos, com a descrição de cada um deles, considerando as categorias exigidas: ativos, passivos, despesas e receitas. Esse é o passo inicial para a organização da estrutura do plano.

3. Crie níveis e subdivisões

Após criar os grandes grupos, organize a subdivisão dos níveis considerando todos os dados da empresa. É importante organizar as subdivisões do modo mais detalhado possível para incluir todas as informações e garantir maior controle financeiro.

O plano de contas contábil tem o objetivo de padronizar e organizar as contas. Por isso, qualquer falha pode prejudicar essa organização. É importante ter atenção na hora de separar as informações, colocando-as nas categorias corretas. Dessa forma, a escolha do detalhamento mais adequado pode auxiliar no controle das finanças da empresa.

Agora que você já conheceu a importância do plano de contas contábil para o controle financeiro da empresa e aprendeu como elaborar um, saiba como efetuar uma conciliação contábil de forma correta!

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