Devido à carga dos tributos ser tão elevada no Brasil, é necessário que toda empresa busque maneiras para reduzir custos com impostos de forma legal e, assim, se desenvolver. Por isso, realizar um planejamento tributário é medida essencial e que deve ser tomada desde a abertura do negócio.

Esse planejamento resulta de normas legais e administrativas que, quando bem empregadas, geram resultados bastante positivos, melhorando o funcionamento do negócio e os processos fiscais.

Pensando nisso, elaboramos este texto com algumas dicas que vão lhe ajudar a reduzir os valores pagos com obrigações fiscais, tornando a empresa mais lucrativa. Confira!

1. Conheça sua empresa

Diversas questões relativas ao seu negócio serão avaliadas no momento da projeção dos impostos a pagar, como atividades exercidas, sistema operacional, setores financeiros e administrativos, entre outros.

Além disso, é possível ter uma previsão de qual será o valor do faturamento mensal e anual. Após, será possível avaliar as vantagens e desvantagens de um regime tributário específico.

Mesmo sendo permitida a modificação do regime de tributação, essa troca não é comumente explorada pelas instituições. Por isso, é muito importante levar em consideração o planejamento da empresa a curto e médio prazo.

2. Escolha o regime tributário adequado

Já na abertura da empresa, é preciso escolher qual será o regime de tributação adotado. Essa decisão é muito importante, pois cada regime possui seus pontos positivos e negativos, e é adequado para determinados tipos de negócio.

Para a avaliação e escolha do sistema mais adequado, deverão ser considerados diversos fatores, como atividade econômica exercida pela empresa, margem de lucro, entre outros. É por meio do planejamento que devem ser feitas projeções para verificar qual é o regime mais vantajoso no início do seu ano fiscal.

São três os principais regimes de tributação no Brasil, confira mais detalhes sobre eles:

Simples Nacional

O Simples Nacional chama muito atenção por promover o pagamento unificado dos tributos, por meio de uma guia única, que facilita o cálculo de impostos.

Para estar enquadrado no Simples Nacional, é preciso confirmar sobre quais atividades podem exercer este regime. Além disso, o sistema abrange três níveis de lucratividade:

  • Microempreendedor individual (MEI) com receita bruta anual de até R$81 mil;
  • Microempresas com receita bruta anual de até R$360 mil;
  • Empresas de pequeno porte com receita bruta anual entre R$360 mil e R$4,8 milhões.

Lucro Real

No Lucro Real, a tributação ocorre sobre o lucro total da empresa. Apesar de ser benéfico em alguns casos, é conhecido por ser o modelo mais burocrático de todos, e é recomendado uma boa análise com o contador ao migrar para o Lucro Real.

Por fim, este regime tributário é obrigatório para empresas com renda bruta superior a R$78 milhões por ano.

Lucro Presumido

Neste regime, ao invés da tributação ser feita em cima do lucro total, ela é contabilizada em cima de uma margem de lucro presumido – obtido pela aplicação de alíquota, que varia em função da atividade da empresa.

O modelo é indicado para empresas com receita bruta anual inferior a R$78 milhões, porém, é necessário conferir sobre as restrições para determinados segmentos de negócio.

É fundamental que o empreendedor se alie com o contador para decidirem juntos o mais indicado para a instituição. A escolha certa só trará benefícios e, por isso, ela é extremamente importante para o desenvolvimento do negócio.

3. Aproveite os incentivos fiscais

Depois da avaliação e escolha do regime tributário mais adequado para o seu negócio, o passo seguinte é verificar quais são os benefícios fiscais que podem ser aproveitados.

Muitos estados oferecem a isenção de tributos para organizações que se fixam no seu território, por exemplo. Também é possível averiguar o enquadramento da organização na Classificação Nacional de Atividades Econômicas.

Quando você opta pelo sistema de tributação errado, cobranças diversas quanto às alíquotas de PIS e COFINS sobre o faturamento podem aparecer.

4. Busque a recuperação tributária

Essa recuperação se trata da restituição de impostos, taxas e contribuições que são pagos de forma indevida ao Fisco. Porém, para assegurar o direito a esse reembolso, é preciso que o setor de tributos tenha bastante atenção quanto ao benefício.

Uma plataforma de gerenciamento pode contribuir bastante, já que possibilitará ter um controle mais efetivo.

Um outro motivo para que a empresa realize o planejamento para reduzir custos é que com ele fica mais fácil compreender os tributos quitados indevidamente. Depois desse levantamento, o passo seguinte é dar início a um processo administrativo ou judicial para obter a recuperação dos tributos.

5. Terceirize os serviços e reduza a mão de obra

Por meio da terceirização você pode conseguir muitas vantagens, dentre elas a economia no pagamento dos impostos. Isso ocorre pela capacidade de diminuir as obrigações trabalhistas e possíveis gastos com PIS e COFINS.

Hoje em dia, existem vários setores que podem ser terceirizados em uma empresa, e outra vantagem para o negócio é a expertise da empresa contratada em determinado ramo de atuação, como por exemplo, na segurança patrimonial.

6. Realize investimentos em bens do ativo permanente

Sempre que a organização adquire ganho de capital, esse valor é mensurado e taxado pelo Imposto Sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). Porém, é possível reduzir e até isentar a quantia paga se forem feitos investimentos que tenham custos semelhantes.

A empresa tem até dois anos para obter bens do ativo permanente e, assim, evitar o pagamento dessa tributação.

7. Segmente a instituição

Uma alternativa mais radical, mas que pode trazer resultados, é a fragmentação da empresa. Ao reconsiderar a estrutura, dividindo-a em várias, que serão responsáveis por cada etapa de produção, é possível escolher regimes diferentes e que sejam mais benéficos para cada uma delas.

Esta é uma decisão que deve ser tomada com cautela e muito planejamento, afinal, pode significar uma grande mudança para a empresa e seus colaboradores. É mais comum encontrar casos similares em empresas que vendem produtos e também serviços, fazendo então uma distinção entre eles.

8. Tenha ajuda de profissionais qualificados

Como já falamos, é muito importante que você tenha um profissional capacitado sobre o tema e que vai lhe auxiliar a realizar o planejamento dos tributos do seu negócio. Poder contar com contadores experientes e compromissados fará toda a diferença nos resultados alcançados.

Eles são os profissionais que saberão, com maior certeza, qual o ramo de atividade paga menos impostos, as leis que devem ser aplicadas, se existem alíquotas reduzidas para certos tributos, os prazos legais e diversos outros pontos que são fundamentais.

Além de todas essas alternativas, você pode contar também com ferramentas tecnológicas que ajudam na análise de dados e tomada de decisões. Dessa forma, é possível operar o ano inteiro com a certeza de que os setores estão alinhados com os princípios da empresa.

Conseguiu perceber como o planejamento tributário cria oportunidades para que a empresa pague menos impostos sem envolver a geração de faturamento ou algum ato ilícito? Veja as dicas que mais se adequam ao seu negócio e não espere para colocá-las em prática e garantir a legalidade.

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